sexta-feira, 8 de julho de 2011

História

Breve resumo sobre a Conjuração Baiana
Revolta de caráter popular que ocorre em Salvador em 1798 relacionada com a crise do sistema colonial e com os movimentos pela independência brasileira. Também é conhecida como Revolta dos Alfaiates.
É o levante do fim do período colonial mais incisivo na defesa dos ideais de liberdade e igualdade propagados pela Revolução Francesa.
A manifestação conta com representantes das camadas populares, com grande número de negros e mulatos, de escravos e libertos.
Desde 1794, intelectuais, estudantes, proprietários e comerciantes participam de reuniões secretas, ao lado de artesãos, funcionários e soldados, para ouvir notícias da Revolução Francesa chegadas da Europa e discutir a aplicação dos princípios liberais no Brasil.
Desejam a independência da colônia e uma sociedade baseada nos ideais de liberdade e igualdade dos cidadãos. Em meados de 1798 surgem folhetos clandestinos anunciando a "República Baiense" e conclamando a população de Salvador a defendê-la.
Seguem-se as primeiras prisões e fracassam os preparativos da luta armada. As autoridades dão início a devassas, julgam dezenas de implicados e, no começo de 1799, definem as sentenças. Seis são condenados à morte. Destes um tem a pena comutada e outro consegue fugir. Os outros quatro são enforcados na praça da Piedade. Dois são soldados, Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens, e dois alfaiates, João de Deus Nascimento e Manuel Faustino - todos mulatos.

Emilly Parreira

Sociologia

Sociologia da Infância
A sociologia da Infância, elaborada em torno da década de 30 do século passado, desenvolve-se cada vez mais no contexto mundial, justamente por estimular a ideia de posicionar as crianças, no campo da teoria e da metodologia, como atores sociais perfeitos. Esta visão resulta de uma controvérsia sobre as definições da sociabilidade na esfera sociológica.
Alguns autores defendem que o ponto de vista da sociologia deve englobar não somente as acomodações e interiorizações vigentes nos mecanismos da socialização, mas igualmente os sentimentos de posse, as recriações e as multiplicações perpetradas pelos que se encontram no estágio infantil.
Este ângulo subverte o conceito que se tem da criança como um ser passivo, um mero receptor das ideias dos mais velhos. Os infantes entabulam pactos e contratos, dividem com os adultos seus conceitos próprios e desenvolvem ao seu lado, e também em parceria com outras crianças, novas culturas.
Esta sociologia elabora o conceito de ator social no mesmo contexto que assiste a retomada das teorias interpretativas tradicionais, levando-as novamente ao cenário principal da mentalidade social. Contribui para isso o decisivo ingresso das crianças na moderna pauta das discussões e políticas públicas; isso ocorre em vista das transformações no modo de vida deste significativo grupo social em todo o Planeta, por conta das mudanças essenciais nos campos da economia, da política, da cultura e nas engrenagens sociais, engendradas na segunda metade da Modernidade.
Marcel Mauss foi o responsável pelo surgimento da Sociologia da Infância no seio das Ciências Sociais, na década de 30. Logo depois, porém, o estudo sociológico da infância passa por um mecanismo de exclusão no bojo das pesquisas acadêmicas, no que concerne a sua independência intelectual.
Apenas depois da década de 80, com as mutações concretizadas no campo infantil, os acadêmicos do continente europeu e da América do Norte acolhem a infância enquanto estágio fundamental da existência, e como um fator essencial na arquitetura social. Para que essa ideia se enraizasse entre estes sociólogos, houve a necessidade de subverter a mentalidade vigente sobre as crianças, consideradas até então meros seres biológicos e psíquicos, simples peões nas jogadas sociais dos adultos. E a infância deixou de ser vista como apenas uma condição natural do desenvolvimento humano.
Hoje, em pleno século XXI, debatem-se questões como o pretenso desvanecimento do conceito de infância, recém-nascido nos debates teóricos – fenômeno conhecido como a crise social da infância, fruto também das mudanças típicas da modernidade -, e a visão da condição infantil como um fator de construção social, seguida de perto pela constatação da existência de inúmeras infâncias, conforme os juízos, as práxis, as discussões que se estruturam em torno desta ideia.

Geografia

Placas Tectônicas
Placas Tectônicas são porções da crosta terrestre (litosfera) limitadas por zonas de convergência ou divergência.
Segundo a Teoria da “Tectônica das Placas”, a litosfera é constituída de placas que se movimentam interagindo entre si, o que ocasiona uma intensa atividade geológica, resultando em terremotos e vulcões nos limites das placas.
Atualmente considera-se a existência de 12 placas principais que podem se subdividir em placas menores. Elas são: Placa Eurasiática, Placa Indo-Australiana, Placa Filipina, Placa dos Cocos, Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa Arábica, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártica e Placa Caribeana.
Os movimentos das placas são devidos às “correntes de convecção” que ocorrem na astenosfera (camada logo abaixo da litosfera): as correntes de convecção são causadas pelo movimento ascendente dos materiais mais quentes do manto (magma) em direção à litosfera, que, ao chegar à base da litosfera, tende a se movimentar lateralmente e perder calor por causa da resistência desta e depois descer novamente dando lugar à mais material aquecido.
No meio dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico existem cordilheiras que chegam a atingir até 4000 mil metros acima do assoalho oceânico chamadas de Cordilheiras “Meso-oceânicas”. Estas cordilheiras se originam do afastamento das placas tectônicas nas chamadas “zonas de divergência”. São locais onde as correntes de convecção atuam em direções contrárias originando rupturas no assoalho oceânico pelas quais é expelido o magma da astenosfera. Dessa forma, ao esfriar, o magma (ou lava basáltica) causa a renovação do assoalho oceânico.
Outro tipo de movimento das placas tectônicas acontece nas chamadas “zonas de convergência” onde as placas se movimentam uma em direção à outra. Nesse caso, pode acontecer de uma placa afundar por sob a outra nas “zonas de subducção”. Isso acontece entre uma placa oceânica e uma placa continental porque a placa oceânica tende a ser menos densa que a placa continental o que faz com que ela seja “engolida” por esta última. Um exemplo é a zona de subducção da Placa de Nazca em colisão com a Placa continental Sul-Americana e responsável pela formação da Cordilheira Andina.
Quando o movimento de convergência ocorre entre duas placas continentais, ou seja, de igual densidade, ocorre o soerguimento de cadeias montanhosas como o Himalaia, por exemplo, que está na zona de convergência das placas continentais Euroasiática e Arábica.
Gabriela Bezerra

Filosofia

Sócrates
Sócrates foi o pioneiro do que atualmente se define como Filosofia Ocidental. Nascido em Atenas, por volta de 470 ou 469 a.C., seguiu os passos do pai, o escultor Sofrônico, ao estudar seu ofício, mas logo depois se devotou completamente ao caminho filosófico, sem dele esperar nenhum retorno financeiro, apesar da precariedade de sua posição social. Seu trabalho seria marcado profundamente pelos textos de Anaxágoras, outro célebre filósofo grego.
No início, Sócrates caminhou pelas mesmas veredas dos sofistas, mas ao retomar seus princípios ele os universalizou, empreendendo a jornada típica do pensamento grego. Suas pesquisas iniciais giraram em torno do núcleo da alma humana. Até hoje este filósofo é sinônimo de integridade moral e sabedoria, pois sempre agiu com ética, responsabilidade, e tornou-se padrão de perfeita cidadania.
Ele desprezava a política e não se adaptava à vida pública, embora tenha exercido algumas funções no quadro político, inclusive como soldado. Seu método filosófico ideal era o diálogo, através do qual ele se comunicava da melhor forma possível com seus contemporâneos, no esforço de transmitir seus conhecimentos para os cidadãos gregos. Além de legar ao mundo sua sabedoria sem par, ele também formou dois discípulos fundamentais para a perpetuação e desenvolvimento de seus ensinamentos – Platão e Xenofontes -, embora não tenha deixado por escrito o fruto de suas pregações.
Casado com Xantipa, nunca priorizou sua família, sempre entregue ao exercício dos dons de que era dotado. Sua essência crítica e justa o levava a crer que tinha uma importante missão, a de multiplicar seres igualmente dotados de sabedoria, probidade, moderação. Este caminho o levaria a se chocar com a cúpula dos governantes, na qual conquistaria inimigos e insatisfação. A contundência de sua fala, o rigor de sua personalidade, seu viés crítico e mordaz, suas idéias muitas vezes opostas à estrutura social vigente e o método educativo de que se valia, geraram-lhe antagonistas no seio da estrutura política que então dominava a Grécia.
O comportamento de Sócrates desencadeou em sua prisão, acusado por Mileto, Anito e Licon, de perverter a juventude e renegar os deuses cultuados pelos gregos, trocando-os por outros. Recebendo a oportunidade de advogar a seu favor, diante do tribunal e dos homens, ele se recusou, pois não pretendia renunciar ao que acreditava e ao que pregava a seus conterrâneos. Ele preferia ser condenado pela justiça terrena e preservar, diante da imortalidade, a verdade de sua alma. Assim, optou pela morte, decretada por seus juízes, através do voto da maioria.
Mesmo diante da chance de fugir, arquitetada por seu seguidor Criton, com a complacência da justiça grega, ele recuou, pois não desejava ferir as leis de seu país. Ao esperar a execução de sua sentença, prorrogada por um mês – graças a uma lei que não permitia o cumprimento desta pena enquanto um navio empreendesse uma jornada até Delos, oferecida em cumprimento de um voto -, preparou-se psicologicamente para esta viagem além-túmulo, em conversas espiritualizadas com seus amigos.
Após ter bebido calmamente seu cálice de cicuta, veneno mortal, ele teria dito “devemos um galo a Esculápio”, pois acreditava que o suposto deus da Medicina o tinha libertado da enfermidade conhecida como ‘vida’, liberando-o para a morte. Desta forma ele partiu em 399 a.C., aos 71 anos.

Gabriela Bezerra